A Garota no Trem


TÍTULO: A Garota No Trem
AUTORA: Paula Hawkins
EDITORA: Record
NÚMERO DE PÁGINAS: 378 Páginas
ANO DE LANÇAMENTO: 2015



         Com mais de dois milhões de exemplares vendidos e uma adaptação cinematográfica a caminho A Garota no Trem já surpreende bastante e ganha fãs em todos os países em que chegou. Descrito no trailer do filme como o livro que chocou o mundo.
A Garota no Trem não é um título que chame a atenção do leitor, assim, de cara, não é um título que cause algum tipo de impacto. Na verdade, nem há uma garota, mas, vamos do começo.
      Rachel viaja todos os dias no trem das 8h04 de Ashbury para Londres e volta sempre no fim da tarde, era a sua rotina de trabalho. Rachel não é uma garota, é uma mulher, tinha a vida perfeita, um marido amoroso, a quem ela amava do fundo de sua alma, a casa que desejou - aquela perto da ferrovia - perto dos trens que ela tanto gostava.
            Mas, faltava algo, Rachel queria um filho, é a partir daí que tudo começa a ruir, no seu desejo obsessivo de engravidar, Rachel perde tudo aquilo que para ela era importante, perde tudo por um bebê que não vem.
          Assim, então, começam as bebedeiras e tudo para Rachel começa a ficar confuso. há certos dias em que ela desperta com sensações ruins, de que algo está errado, Tom está mal humorado, ele revela a Rachel que ela o agride, agride aos amigos, não é mais a mesma, está fora de si, vive bêbada. Rachel faz coisas das quais não se lembra, tudo aquilo que Tom conta não parece real, ela se sente culpada, promete a Tom que isso nunca mais vai acontecer. Se não fosse Tom, jamais saberia que tais coisas aconteceram.
            Rachel está no trem, aquela vida não é mais sua, ela não tem mais nada. Perdeu Tom, perdeu a casa, perdeu tudo. Sua rotina se resume agora a observar, pelo trem, a casa que já foi sua e o marido que já foi seu, pertencerem a outra pessoa. Rachel observa Jess e Jason que moram em uma casa vizinha - o casal que para ela é o exemplo da perfeição - um casal que ela sequer chegou a conhecer, já que havia se separado de Tom há dois anos e o casal viera morar ali há mais ou menos um ano. Rachel sequer sabia seus nomes reais, por isso, inventou Jess e Jason e um relacionamento perfeito para os dois.
         Jess na verdade é Megan, está desaparecida. Desapareceu justamente na noite em que Rachel esteve no bairro, à procura de Tom. Nesta mesma noite, Rachel teve um de seus apagões, não lembra de absolutamente nada do que aconteceu. As únicas coisas que sabe é que acordou sem suas roupas e ferida.
Havia sangue e um machucado grande na cabeça.
          A questão que fica no ar - será que Rachel estaria envolvida no desaparecimento de Megan? o que havia acontecido naquela noite? - Rachel tenta a todo custo lembrar onde esteve, o que fez, com quem falou, mas não consegue recuperar nenhuma lembrança que lhe ajude. 
Rachel está convencida de que não machucou Megan, mas que pode ajudar a desvendar o que aconteceu, então, embarca numa busca para descobrir o que aconteceu com Megan e tentar descobrir quem pode estar com ela ou tê-la matado.
         A narrativa é simples e prende o leitor. O livro conta uma boa história com um final nada clichê, a não ser que você seja o tipo de leitor mais do que investigativo que imagina tudo que pode dar errado e tudo o que é possível e impossível de acontecer. As reviravoltas são constantes e as personagens mais do que envolventes.
         O que mais surpreende são as três personagens femininas, Rachel, Megan e Anna, elas narram a história por suas diferentes visões, a partir disso o leitor pode traçar um perfil de cada uma delas, mas cuidado, elas podem te surpreender. Impossível encaixá-las como mocinhas ou vilãs, melhor do que isso, elas são reais, assim como as histórias de Almodóvar.
Para quem gosta de um bom suspense a leitura é super indicada, até porque Stephen King recomendou, viu?
         Eu diria que a leitura é indicada à todos. Impossível parar de ler!

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